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sábado, 11 de setembro de 2010

14 milhões de analfabetos

A taxa de analfabetismo do Brasil entre pessoas de 15 anos ou mais caiu de 10% para 9,7% entre 2008 e 2009, a quinta queda consecutiva. No entanto, mesmo com a queda, o percentual ainda representa um volume grande em números absolutos, somando 14,1 milhões de analfabetos no País em 2009, a maioria concentrada entre homens maiores de 25 anos na região Nordeste. As conclusões constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBGE também apurou uma discrepância entre analfabetos homens e mulheres: em 2009, a taxa de analfabetismo entre homens de 15 anos ou mais foi de 9,8% e a das mulheres para a mesma faixa etária foi de 9,6%. Ainda segundo o instituto, 92,6% dos analfabetos em 2009 tinham 25 anos ou mais.

Entre as regiões, o Nordeste é o destaque negativo, com taxa de analfabetismo em 18,7% em 2009, a maior do País. A segunda posição entre as regiões com maior proporção de analfabetos ficou com a Norte, com taxa de 10,6%, seguida por Centro-Oeste (8%), Sudeste (5,7%) e Sul (5,5%).

O instituto também apurou que a taxa de analfabetismo funcional, que é o percentual de pessoas de 15 anos ou mais com menos de quatro anos de estudos completos, foi duas vezes superior à taxa de analfabetismo, com resultado de 20,3% em 2009. Mas esta taxa foi menor do que a apurada em 2008 para analfabetismo funcional, de 21%.

Rede pública
A rede pública de ensino foi responsável por mais da metade dos estudantes do País e responde por 78,1% do total de 55,2 milhões de alunos pesquisados em 2009 (43,1 milhões de pessoas). Os alunos que utilizavam a rede particular de ensino somavam cerca de 12 milhões, de acordo com a PNAD.

Entre os alunos que frequentavam a rede pública de ensino, 54,7% estavam na esfera municipal, 42,9% na rede estadual e 2,4% na federal. De acordo com o IBGE, a rede pública foi responsável pelo atendimento da maioria dos estudantes que cursavam até o ensino médio. No entanto, ao focar apenas o ensino superior, a rede privada atendeu 76,6% do total de estudantes (4,9 milhões de alunos).

A PNAD mostrou ainda que a taxa de escolarização subiu de 72,8% para 74,8% nas crianças entre 4 e 5 anos, de 2008 para 2009. No mesmo período, avançou de 97,5% para 97,6% nas crianças e adolescentes de seis a 14 anos e cresceu de 84,1% para 85,2% entre adolescentes de 15 a 17 anos.

Ainda segundo o levantamento, a população de dez anos ou mais em 2009 atingiu 7,2 anos de estudo em média. Ao se separar homens e mulheres de dez anos ou acima, a média de anos de estudo é maior entre as mulheres, de 7,4 anos, contra sete anos para os homens. Aproximadamente um terço das pessoas de dez anos ou mais tinham pelo menos 11 anos de estudo.


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